Mentoria: uma ajuda genuína para as Organizações!

Sempre existe alguma forma de “libertar as organizações” das amarras que elas mesmas foram criando e se enredando e essa forma passa pelas suas lideranças. Tudo o que foi criado pelas organizações passou pelas decisões de seus líderes, mesmo que seja por meio das regras formais e informais que foram sendo criadas ao longo do tempo.

No discurso muitas organizações querem que suas equipes sejam mais autônomas, mais independentes, mais empreendedoras, e que tomem mais decisões. Mas nas primeiras oportunidades de deixar que uma decisão seja tomada na ponta, colocam-se controles e mais controles, com medo do que pode acontecer.

Medo, talvez seja a palavra que melhor explique essa dificuldade de tornar as organizações mais leves, mais fluídas, mais orgânicas, como elas deveriam ser. Medo de perder as rédeas, medo de perder poder, medo de ficar relegado ao segundo plano, mas entre tantos medos que povoam as mentes dos líderes estratégicos, nos momentos de mudança, um deles é o medo de estar sozinho, de não ter com quem compartilhar suas angústias, de faltar alguém para pedir conselho sobre os rumos e decisões, mesmo que estas decisões só possam ser feitas por eles mesmos. Eu diria que é um medo resultante da “solidão do poder” que aflige a maioria dos que compõem a equipe estratégica das organizações, devido a dificuldade de se abrir para seus pares e se sentirem vulneráveis. Esses medos fazem com que posterguem decisões importantes sobre transformações necessárias nas organizações.

Outras vezes as lideranças ficam aguardando que a tecnologia resolva seus problemas de mudança e que os sistemas e aplicativos vão conseguir fazer o controle dos gestores da ponta para que eles possam tomar decisões dentro do que for permitido. Ou que a tecnologia e a transformação digital vão dar conta de mudar tudo o que seria necessário para que a organização se torne mais livre e tenha pessoas trabalhando mais satisfeitas.

Mas, na verdade, a tecnologia apenas pavimenta uma estrada que já deve estar sendo construída com decisões que vêm do topo. Se os líderes estratégicos são mais abertos, menos controladores e dão liberdade para quem está na ponta, a tecnologia vai ajudar a ponta a ter mais informações que “embase” as suas decisões e ao mesmo tempo forneça dados que permitam um acompanhamento pela área estratégica.

Mas, mesmo depois da decisão, outro fator que dificulta a implementação do que a liderança almeja e expõem em seus discursos, é a estrutura piramidal com vários níveis de hierarquias, da qual já tentamos nos livrar muitas vezes, mas que resistem como forma de estrutura organizacional na maioria das organizações pelo mundo. Elas são estruturas próprias para que se exerça o poder “top-down” e não para gestão compartilhada, equipes autogerenciáveis ou flexibilização de estrutura para adaptação à agilidade do cenário e, portanto, por mais que as lideranças se esforcem, e consigam ganhos de abertura e melhoria de comunicação, elas não chegam a uma mudança radical neste sentido e precisam continuar convivendo e tirando o melhor desta condição.

A mudança que as organizações precisam fazer teria de ser mais profunda e nós ainda estamos apenas tocando em alguns pontos dela, pois para uma mudança acontecer e permanecer, é preciso principalmente três coisas: Mudança da cultura; tecnologia de apoio e profissionais preparados para atuar com ela.

Neste momento temos uma aceleração muito grande das tecnologias, mas a mudança cultural está apenas começando, com organizações entendendo que fazem parte da sociedade e que precisam atuar de acordo com a mudança de consciência pela qual a sociedade passa. A partir desta mudança é preciso preparar as pessoas para que possam atuar com esta nova cultura e com a tecnologia. Neste ponto é que entra a mentoria.

Nenhum outro programa de formação profissional trata as questões tão a fundo quanto a mentoria estratégica e organizacional, uma vez que ela identifica situações individuais e as trata dentro do contexto no qual o individuo está trabalhando e vivendo, mostrando a integridade da vida pessoal e profissional para que os problemas possam ser solucionados.

Diferente do que alguns ainda acreditam, a mentoria não é uma conversa para levantar problemas, mas sim uma ajuda genuína, com metodologia estruturada, para identificar fragilidades e necessidades de competências para enfrentar momentos específicos da trajetória de um profissional, apoiado por alguém que tem mais experiência no caminho da mudança.

Toda transformação começa pela transformação pessoal e as transformações organizacionais, ou da sociedade, começam com a transformação das lideranças e com o envolvimento de todos, quer sejam equipes, clientes, público focal, contribuintes, atores da sociedade... e esse envolvimento vai se dando ao longo do tempo, conforme a liderança vai mudando sua consciência e comportamento.

Para ser um líder melhor é preciso primeiro querer ser, depois é preciso se abrir para sua equipe deixando que ela lhe veja como é e desta forma fazendo com que ela também exponha suas fragilidades e necessidades. Se precisar de ajuda, busque uma mentoria para seu processo de mudança, mas nunca transfira esta responsabilidade para outros. Com a ajuda da mentoria o líder consegue se transformar e, aos poucos, vai transformando o ambiente ao seu redor.

Quer ajuda? Eu posso lhe ajudar a começar. Mas por enquanto pense nisso: Lidere para o mundo: desenvolva equipes eficazes e que juntos exerçam o papel de cura da sociedade. Esta é uma causa nobre.

Mentoria: uma ajuda genuína para as Organizações! - 2

Comentários

Escreva um comentário antes de enviar

Houve um erro ao enviar comentário, tente novamente

Por favor, digite seu nome
Por favor, digite seu e-mail