Dizem que toda guerra é, em primeiro lugar, uma guerra de informações. A guerra fria entre Rússia e EUA, por exemplo, foi muito maior na troca de informação e contrainformação, do que ações efetivas na realidade. Se levarmos em conta que esta afirmação é verdadeira, estamos realmente em uma guerra diária, tal é nossa exposição a falsas informações, “Fake News”, boatos, uso maldoso de informações verdadeira, uso de informações antigas como se fossem atuais, iscas para introdução de vírus e toda uma gama de tentativas criativas de ludibriar a fé dos internautas e usuários de redes sociais.
Se estamos em uma guerra, temos que escolher nossas armas e enfrentar os inimigos, porém, sabendo que, sempre que nós conseguirmos uma vitória em uma batalha, eles vão encontrar uma outra estratégia para nos pegar na próxima. Ou seja, temos que estar atentos para não sermos um instrumento nas mãos de quem quer gerar confusão e até mesmo pânico. A mudança precisa ser de cada um, diante da decisão de divulgar, ou não, uma informação que não se tem certeza. Hoje, nós somos os “jornalistas” das redes e temos que checar as nossas fontes.
Quem divulga uma informação falsa, na maior parte das vezes, o faz porque acha que está ajudando e pensa que é melhor divulgar alguma coisa falsa do que deixar de divulgar uma informação verdadeira, por receio. Ledo engano. As pessoas que produzem essas notícias se fiam justamente nesta premissa. Mas se tivermos um pouco de calma e, antes de divulgar uma notícia, tentarmos encontrar uma lógica ou coerência nos dados apresentados, na maior parte das vezes, apenas pelo fato de lermos de novo e refletirmos já podemos encontrar todas as pistas. Por exemplo: notícias sem data, local, endereço ou qualquer informação que possa fazer com que seja identificada no tempo e no espaço é falsa, e foi feita de tal forma que possa “rolar” na internet anos e anos a fio, como se fosse de hoje. Outro sinal bem visível de que é “Fake News”, são vídeos ou fotos precedidos de um texto com frases como: “a TV se arrependeu de ter veiculado” ou “o senado (ou alguém) mandou tirar do ar” ou “repassem sem dó”. São todos apelos ao sentimento de cidadania das pessoas, querendo que elas se sintam úteis pelo simples fato de ter divulgado uma informação de utilidade pública.
Se nós já tínhamos muitos “Fake News” antes, no processo da greve dos caminhoneiros isso aumentou exponencialmente. Foi a nossa guerra mais recente. Com troca de informações falsas de todos os lados. De início, fiquei até tentando mostrar que determinada notícia era falsa, mas depois me cansei, tal era a quantidade de novos “fakes” que surgiam bem como era o desprendimento das pessoas em disseminá-las. Os caminhoneiros parados e as notícias correndo e se multiplicando.
Por mais que se tome cuidado, a maioria de nós já divulgou alguma informação equivocada, por descuido ou preguiça, embora cada vez mais tenhamos mais meios de checar, basta digitar um pequeno pedaço da notícia no Google e já vamos encontrar vários sites que informam se ela é falsa. Mas, ao que parece, algumas pessoas se nutrem das tragédias anunciadas, vivem esperando que alguma catástrofe vá acontecer e quando lê uma notícia desta, já passa para frente para que outras pessoas percebam que não é ela que é pessimista, mas que o mundo é mesmo cheio de tragédias. Pior que o mundo é mesmo cheio de tragédias e por isso não precisa que criemos e divulguemos outras.
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