Coragem Também Se Mostra Nas Pequenas Coisas!

Quando vemos bombeiros e voluntários se esforçando até a exaustão para recuperar uma vida ou um corpo no meio dos entulhos e lamas de São Sebastião (SP), nós nos admiramos com a coragem destas pessoas que deixam seus medos, receios e problemas pessoais de lado para se dedicarem aos outros. São mesmo pessoas de muita coragem.


No entanto, muitas vezes temos dificuldade em aceitar nossas pequenas atitudes corajosas de todos os dias. Nascer já é um ato de coragem e a decisão dos pais em trazer uma vida ao mundo também é um grande ato de coragem.


A primeira vez que vamos a escola e temos que enfrentar tantas pessoas e ambientes diferentes, é um ato de coragem que pode influenciar toda a nossa jornada estudantil. Aliás, todas as nossas primeiras vezes são ações corajosas rumo ao desconhecido, incluindo cada novo dia que começa.


De acordo com a pesquisadora americana Brené Brown, a palavra coragem não significa apenas bravura, pois vem do prefixo "cor", que significa coração, mostrando que todo ato de coragem não é fruto apenas da mente, mas principalmente do coração. É um ato de amor, não apenas pelos outros, mas principalmente com a gente mesmo, com a nossa integralidade quando nos jogamos por inteiro na tomada de atitude de sair da nossa comodidade e agir.


Muitos não conseguem, estão presos em armadilhas do corpo, da mente ou do espírito e precisam de ajuda para conseguirem dar seus pequenos passos, que são também grandes atos de coragem.



Reflita um pouco, quais pequenos atos de coragem você tomou nos últimos tempos? Com certeza foram muitos, valorize-os. Se não foram tantos quanto você gostaria, não se frustre, olhe para seus objetivos e desejos e fique de olho nas oportunidades. Quando elas surgirem e você resistir, apenas pense no porquê está resistindo, o que tem por trás desta resistência? É o medo? Medo de quê? Nosso instinto de sobrevivência nos aprisiona cada vez mais quando não paramos para observá-lo, por isso, apenas olhar para ele já representa um pequeno ato de coragem, pois ao perceber que o medo está presente, nos causa uma sensação de autorresponsabilidade de fazer alguma coisa para enfrenta-lo.


Veja a seguinte situação. Você vai para uma reunião de sua área, onde estão pessoas que você conhece e ela vai tratar de um assunto que você conhece bem, pois tem estudado e vivenciado experiências sobre ele. Em determinado momento um colega seu se posiciona sobre uma situação com a qual você não concorda e você tem argumentos para contrapor a fala de seu colega e você chega a se mexer na cadeira para começar a falar quando, de repente para e fica quieto. Você fala para você mesmo: não vale a pena!


Vamos voltar a fita da situação acima para o momento no qual você para, ao invés de se conformar você se pergunta: por que eu estou com medo de falar? Tenho medo do julgamento dos outros colegas? Tenho medo de não saber me expressar bem? Tenho medo da retaliação de que expôs o tema? Tenho medo da avaliação do meu chefe? Essa reflexão, mesmo que leve você a mudar em nada o rumo desta reunião, pode lhe ajudar a se posicionar melhor nas próximas e quem sabe começar a responder para você mesmo todos esses questionamentos e ir conseguindo quebrar cada barreira imposta por você mesmo.

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