E o que você fez? Me manter viva e com saúde foi minha primeira conquista. A recuperação do meu filho, que teve COVID da forma mais severa, foi o maior motivo de agradecimento. O tempo para conviver com meus netos, foi o maior privilégio. Ter o reconhecimento dos meus clientes, foi a maior recompensa do meu trabalho. Ver meus filhos evoluindo com suas famílias é a sensação de missão cumprida. E a harmonia e amor no meu casamento de mais de 40 anos é a maior felicidade.
E os perrengues? Quem não teve em um ano tão estranho como este? Já que 2020 entrou e paralisou nossas vidas, deixando sonhos em suspenso, nós depositamos todas as nossas esperanças em 2021 e ele não facilitou as coisas. Fomos indo, aos “trancos e barrancos”, tentando não desanimar, tomando injeção de motivação todos os dias para acreditar que tudo estava passando, enquanto novas ondas de preocupações foram surgindo na saúde, na economia, na política, na natureza...
Tentei não fazer muitos planos para 2022. Logo eu, a “mulher do planejamento estratégico”. Passei a inverter a ordem das coisas e coloquei o “estratégico” na frente, deixando o “planejamento” como segunda opção. Ter uma estratégia que seja flexível e possa ir se adaptando ao contexto, passou a ser fundamental neste momento.
Para ter uma estratégia forte foi preciso analisar e repensar o meu propósito, para saber se ele era o suficiente para dar conta deste nosso tempo e do que pode vir para o futuro. Fiz alguns ajustes e inclui as palavras “evolução e prosperidade de todos”, pois sem que o todo evolua, nossa evolução pessoal e organizacional fica prejudicada. Quando falo em prosperidade me refiro em sermos bem-sucedidos como sociedade na distribuição de oportunidades, conhecimentos e renda, e assim sermos mais felizes.
Se deixarmos que o abismo de desigualdades se aprofunde mais, não teremos mais como prosseguir, pois aprendi muito cedo que “toda corrente tem a força do seu elo mais fraco” e, quando essa corrente é esticada, ela arrebenta neste elo mais fraco. A pandemia veio trazer esta lição e nos esticou muito, mas parece que ainda está difícil de o mundo aprender. Depois que a vacina de COVID deu a falsa impressão de que tudo estava voltando ao normal, mesmo todos sabendo que sua distribuição não era equilibrada pelo mundo, a pandemia volta com uma nova versão, a Ômicron, proveniente do continente africano que, devido à falta de condições econômicas e de logística, ficou fora do circuito de vacinação massiva contra o vírus.
Enquanto isso, a natureza se revolta e apresenta sua face mais raivosa, com tornados, furacões, terremotos, vulcões e enchentes recordes, atingindo ricos e pobres em todas as regiões do mundo, piorando ainda mais a já combalida economia mundial. Economia que mesmo assim não deixou de fazer novos milionários e tornou os bilionários mais ricos ainda, levando suas riquezas, literalmente, para o espaço. Mas que, por outro lado, criou uma legião de pessoas desempregadas e sem condições de acompanhar o avanço tecnológico necessário para sua empregabilidade.
Então, chegamos no Natal e o que me resta fazer? Agradecer por ter chegado. Agradecer por ter estudo e conhecimento que me permite observar o cenário e, pelo menos, tentar entender e me posicionar. Agradecer por ter os espaços digitais para compartilhar minhas ideias. E, por ser cristã, lembrar o que o Natal representa, que é o nascimento de Jesus, marco do início de uma nova era no mundo e pedir que Ele ajude a humanidade a, finalmente, entender e aplicar as lições que a pandemia nos trouxe. FELIZ NATAL!!!
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