Estamos sendo bombardeados por novidades tecnológicas e novas possibilidades de conexões nunca antes imaginadas. Por exemplo, na semana passada foi lançado o maior dispositivo já enviado pelo homem para o espaço e isso foi feito por um homem – Elon Musk - e sua empresa – SpaceX - e não por um órgão público e seus políticos. E, se uma empresa resolve fazer alguma coisa, é porque isso pode retornar em lucro, o que é algo bem diferente do que foi feito pela NASA, que só criou dívida pública com seus foguetes.
As maravilhas pregadas pelo “Blockchain”, que já podem ser vistas na plataforma da moeda Bitcom, são verdadeiras mágicas tecnológicas que prometem acabar com os contratos, tal como temos hoje, e com eles todos os artefatos, sistemas e instituições cartoriais que inventamos para dar legitimidade às nossas transações de compromissos pessoais e comerciais. Segundo os especialistas, o Blockchain vai trazer nos próximos 10 anos mais evolução do que a internet nos trouxe nos últimos 20 anos. Nada mais será como antes.
No entanto, dentre todas as coisas que estão sendo reinventados no momento, o carro talvez seja o alvo de mais mudanças previstas no curto prazo. Essas transformações passam pela sua fonte de energia, pela questão de quem vai realmente dirigir esse carro e, de quem serão os seus reais proprietários, uma vez que podemos ter carros elétricos, conduzidos sem motoristas humanos e pertencente a uma empresa de locação em algum lugar do planeta. É lógico que qualquer mudança em uma área, desenrola uma série de mudanças em outras e, às vezes, elas não são grandes e impactantes e custamos a perceber quando elas estão chegando, até que afetam uma pequena porção da nossa rotina ou trabalho.
Como um pequeno exemplo vou relatar um fato que aconteceu no meu circuito de conhecimentos. Meu esposo é síndico do nosso condomínio e, há um mês, mais ou menos, surgiu uma discussão no grupo de vários síndicos que interagem via aplicativo por celular. A dúvida, trazida por um dos síndicos, suscitou uma grande interrogação, por não ter sido prevista ainda, nem pelos condomínios que estão em construção, e que, no entanto, já permeia as decisões dos síndicos: “Como abastecer os carros elétricos dos condôminos?” Tudo surgiu porque um condômino estava usando a tomada do condomínio para abastecer o seu carro particular e um outro morador reclamou ao síndico que não aceitava pagar para abastecer o carro do vizinho.
Parece um problema banal, mas mexe com a forma como vivemos até hoje. Carro se abastece no posto de combustível. No posto? Em Nova York, em 2017, foram abertos mais postos de abastecimento de carros elétricos do que postos de gasolina. É um sinal dos tempos em que vivemos, no qual as novas tecnologias resolvem problemas para um mundo futuro e causa problema para um mundo ainda baseado no passado. Será que os condomínios vão passar a cobrar pelo abastecimento e assumir parte do papel dos postos de combustível? Os novos prédios já virão com fontes de abastecimento ligadas às unidades dos moradores? Enfim, será que os futuros condomínios vão ter necessidades de tantas vagas de estacionamento e vão abrigar tantos carros como hoje?
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