Um líder que foi para o mundo!
Tem uma frase sobre liderança que diz: “Se a liderança não está entusiasmando sua equipe, não está conseguindo fazer muita coisa mais”, pois para que a equipe produza resultados com satisfação é preciso que veja esta atitude na sua liderança. É com esse entusiasmo e vontade de vencer que o perfil de liderança do Administrador Marcelo Duarte, se destaca pelos resultados que ele consegue obter junto às equipes que ele lidera.
Comecei a trabalhar com o Marcelo na Aprosoja MT – Associação dos Produtores de Soja de Mato Grosso, da qual ele era Diretor Executivo, em 2008 e, depois, atuei como consultora por mais 4 anos na Secretaria de Estado Infraestrutura do Estado de Mato Grosso, da qual ele foi o Secretário. Neste período acompanhei o amadurecimento do Marcelo como líder, pois apesar de ele ser um líder nato, o seu desafio sempre foi conseguir calibrar o volume de ideias que surgem a todo momento nesta mente inquieta e criativa com sua ajuda efetiva às equipes que formou e desenvolveu. Essa trajetória mostrou também a sua capacidade de aprender com erros e acertos.
Hoje ele tem equipes que se tornaram seus fãs e seguidores pois, mesmo quando ele parece enérgico na cobrança de resultados, ele sabe dar o exemplo, trabalhando muito também. Líderes como ele, normalmente, não aceitam um “não” como resposta e nem acham nenhuma causa impossível, mas se diferenciam porque se dispõem a sentar com a equipe e a encontrar as alternativas para solucionar os problemas que surgem, puxando a equipe para cima, fazendo com que ela aprenda a melhorar sempre.
Como Diretor Executivo da Aprosoja MT, Marcelo Duarte ajudou a construir a história de uma associação que se tornou uma referência para entidades do Agronegócio no país. Como Secretário de Infraestrutura do Estado de Mato Grosso conseguiu executar obras desafiadoras, que estavam há muito tempo enroladas no meio da burocracia do Estado e, mesmo em um momento de poucos recursos, conseguiu fazer mais estradas, como secretário em 4 anos, do que seus antecessores no dobro do tempo.
Agora o Marcelo está bem longe de Mato Grosso, mas não longe do Agronegócio e das questões que permeiam esse estado campeão de produtividade do agronegócio. Marcelo Duarte agora é Diretor de Relações Internacionais da ABRAPA (Associação Brasileira de Produtores de Algodão) e CEO da Ásia Brasil Agro Alliance, em Singapura e, de lá, concedeu uma entrevista para o meu Podcast “Lidere para o Mundo”, onde fala dos desafios de mudar para um país tão diferente do nosso, em plena pandemia e de como estando lá ele se sente no centro do mundo dos negócios: “Estou em Singapura, a Ásia é onde realmente as coisas acontecem no mundo. É impressionante a pujança desta região do mundo. Singapura é uma Cidade-Estado e 40% de todo o comércio marítimo mundial passa aqui em frente; é o segundo porto mais importante do mundo; o primeiro porto de transbordo; um dos aeroportos mais importantes e um dos maiores centros financeiros. É para onde vem 99% do algodão e 90% da soja que a gente exporta em Mato Grosso”.
No decorrer de uns poucos anos, Marcelo teve a oportunidade de atuar com uma Associação moderna e que se desenvolveu rapidamente e de ser o Secretário de Infraestrutura do Estado, que não era sua área direta, por ser um Administrador e nem ter uma experiência anterior no setor público. Mas ele não é de correr de desafios e aceitou viver esta experiência do serviço público e conta um pouco do impacto que sentiu ao se dar conta da situação que o executivo dos governos passa: “Eu vi a dificuldade que é ser um gestor público no Brasil... o primeiro impacto foi perceber que o executivo que é quem fornece a infraestrutura, saúde, segurança, tem menos condições de estrutura do que os órgãos que estão para te fiscalizar e isso foi um dos primeiros choques. Isso é uma coisa que a gente não vê em outros países, essa concentração de recursos nas áreas meio e a área fim, que precisa entregar o recurso de qualidade para o cidadão, está esfacelada”.
Depois de ter uma visão tão impactante do serviço público estadual e conseguir atuar com o que tinha, ele novamente foi alçado para um novo desafio fora do país, fazendo com que se tornasse inevitável as comparações. Eu procurei saber do Marcelo o que ele via do setor público em Singapura e ele disse: “Singapura foi criada em 1965. A segurança funciona, é possível andar na rua com tranquilidade. Temos transporte público de qualidade, a educação e tudo o mais funciona. Só tivemos 30 mortes por COVID em uma população que é o dobro da população de Mato Grosso. O poder público é pequeno, mas muito presente”.
Enfim, tudo muito diferente do Brasil e nós ainda queremos dizer que somos um país novo e por isso ainda temos muito o que construir. Acho que nos falta cultura de não aceitar serviços sem qualidade; cultura de não aceitar esmola como retribuição da alta carga tributária que pagamos; cultura de aceitarmos lideranças despreparadas no serviço público, devido às ingerências políticas que colocam pessoas apenas pelo fator de apadrinhamento político; cultura de entender que precisamos mudar nossa passividade em aceitar tudo sem agir para melhorar.
Qualquer pessoa que vê o nosso país de fora, percebe que temos muito potencial, mas não transformamos este potencial em ações efetivas para nossa sociedade e por isso eu só vejo saída por meio das lideranças.
O líder é como um farol para sua equipe, para a organização e para a sociedade. A luz que ele emite transforma verdadeiramente quem trabalha com ele e não só a equipe direta, mas também quem tem contato por outras formas. Quando essa luz transmite otimismo, coragem e força de vontade de vencer, a equipe toda se ilumina e encontra também a coragem necessária para prosseguir em meio a qualquer adversidade.
O bom líder consegue criar laços de amizade com sua equipe, mas sabe que isso não o impede de cobrar resultados na hora que se faz necessário, sem causar melindres e mágoas pessoais. Pois é como o Marcelo falou: “tudo o que você faz você precisa gerar valor. Seja uma organização pública ou privada, se você não está gerando valor, não está fazendo nada”.
Mas mesmo em busca dos resultados, um verdadeiro líder também se preocupa com a sociedade, doa seu tempo e talento para o bem do que é público. Entende também que cada pessoa que passa pelas suas equipes foi por algum motivo de crescimento e evolução e sabe que seu exemplo é a principal forma de ajudá-los a serem também líderes melhores.
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